cânhamo é um extrato da maconha com baixo teor de THC (princípio ativo da erva), é a fibra da planta que chamamos de cannabis. Seu uso mais comum é na indústria têxtil, por ter longos feixes e ser até CINCO VEZES mais resistente que o algodão.
Dessa fibra forte também se pode produzir papel e o melhor, de forma muito mais consciente e econômica: um hectare de cânhamo produz o mesmo que quatro hectares de eucalipto, tudo isso em um período de apenas vinte dias. Muito cultivado em várias partes do mundo, inclusive na Europa, onde a União Européia em 1998 o legalizou e autorizou inclusive o subsídio ao linho de cânhamo.
Atualmente está em destaque ns mídia o carro feito de cânhamo. Por ser um extrato muito forte, a Motive Inc. — uma companhia canadense especializada no desenvolvimento de materiais alternativos, inovadores e eficientes para carros –criou o Kestrel, que tem sua estrutura baseada nos filames da planta. Vivendo em um mundo com o crescimento da idéia do sustentável, essa é uma alternativa, pois o carro é um modelo elétrico e com carroceria bio-composta.
Mais novidades: em Ashville, na Carolina do Norte, existe uma casa inteira construída a partir do cânhamo. O extrato da maconha, misturado com cal e água gera o que chamamos de Hemcrete, um excelente e resistente material para a ecoconstrução e, ainda por cima, uma alternativa mais barata. Segundo o proprietário, a casa não expele qualquer tipo de toxina e mantém o ar dentro da casa muito mais puro.
Fica claro que a partir da planta podemos ir muito mais além, a maconha tem repletos usos benéficos, seja no campo medicinal – através do seu princípio ativo – ou no campo industrial. Será que vale a pena continuar com essa postura retrógrada e proibicionista?
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